Transformando o RH: A Arte de Cultivar a Tecnologia Humana e a Cultura Organizacional no Coração da Inovação

Transformando o RH: A Arte de Cultivar a Tecnologia Humana e a Cultura Organizacional no Coração da Inovação

15 de abril de 2024 – Veruska Galvão

Em um mundo cada vez mais tecnológico, onde a inteligência artificial (IA) e outras inovações avançam rapidamente, encontrei um paradoxo interessante: a tecnologia humana nunca foi tão essencial. Neste artigo, exploro a intersecção entre a cultura organizacional, a tecnologia humana e o papel estratégico que eu, como profissional de RH, posso desempenhar, inspirando-me nas reflexões e experiências compartilhadas por uma especialista no assunto. Mergulho na essência da gestão de pessoas e na importância de uma liderança alinhada com os valores humanos no contexto empresarial.

A Cultura Organizacional e a Tecnologia Humana

Percebi que a cultura organizacional, definida pelos comportamentos, valores e práticas compartilhados dentro de uma empresa, é um pilar essencial para o sucesso. Apesar da crescente obsessão por tecnologias emergentes, como a IA, entendi que não devo perder de vista a tecnologia humana – o conjunto de habilidades, emoções e comportamentos que definem a interação humana. Acredito que a verdadeira transformação começa com o entendimento e a valorização da dimensão humana nas organizações.

O RH como Agente de Transformação

Muitas vezes, vi profissionais de RH, incluindo eu mesma, presos em um modelo de serviço reativo, limitando-se a responder a solicitações em vez de adotar uma postura estratégica. Aprendi a importância de um plano estratégico alinhado à cultura organizacional, que me permite transcender minha função tradicional e agir como um verdadeiro parceiro estratégico na transformação empresarial. A conexão entre as iniciativas de RH e a cultura organizacional é crucial para o sucesso e a relevância do setor.

Desafios e Estratégias para a Liderança

Também percebi a necessidade de preparar líderes para serem multiplicadores da cultura organizacional, capazes de liderar transformações significativas. Em um momento histórico onde o comportamento humano e as relações interpessoais ganham um destaque sem precedentes no ambiente de trabalho, os líderes devem ser capacitados para entender e promover uma cultura que valorize a tecnologia humana. Isso envolve não apenas o reconhecimento da importância da cultura e dos valores humanos, mas também a habilidade de integrar esses elementos nas práticas diárias de gestão.

A Inteligência Artificial e o Futuro do Trabalho

A discussão sobre a IA e sua capacidade de se autorregular levantou questões sobre o futuro do trabalho e o papel dos seres humanos nesse novo cenário. Entendo que, apesar das inovações tecnológicas, a essência do sucesso empresarial permanecerá ancorada na compreensão e no desenvolvimento da tecnologia humana. A capacidade de adaptar-se, aprender e evoluir no contexto das relações humanas será um diferencial competitivo mais significativo do que nunca.

À medida que avançamos para um futuro dominado pela tecnologia, minha reflexão serve como um lembrete oportuno da importância inalterada da cultura organizacional e da tecnologia humana. Como profissional de RH e líder, sou chamada a reconhecer e cultivar o potencial humano dentro das organizações, utilizando a inteligência emocional, a empatia e a compreensão interpessoal como ferramentas essenciais. Ao fazer isso, não apenas elevo o valor estratégico do RH, mas também garanto que as organizações permaneçam resilientes, inovadoras e verdadeiramente humanas no coração da revolução digital.

 Veruska Galvão É especialista em Liderança, Segurança Psicológica e Cultura Organizacional. Empreendedora e psicóloga organizacional dentre tantas outras funções que a apoiam na condução de líderes e RH’s para a transformação do mundo do trabalho. Ama trabalhar com GENTE e seu negócio, definitivamente, são pessoas. Palestrante e escritora. É fundadora da Akademia de Transformação Organizacional, empresa de educação corporativa focada na formação de agentes de transformação do novo mundo do trabalho. E idealizadora do Movimento Maio Humanizado.