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22 de julho de 2024 – Veruska Galvão
Atualmente, a gestão de pessoas de forma humanizada tem se tornado um tema central nas discussões sobre liderança e desenvolvimento organizacional. No entanto, ainda existe um mito persistente de que ser “bonzinho” no ambiente de trabalho pode comprometer a autoridade e a eficácia de um líder. Essa visão distorcida precisa ser desmistificada para que possamos avançar na criação de ambientes de trabalho mais saudáveis e produtivos.
É crucial entender que ser humano não é sinônimo de ser permissivo. Uma gestão humanizada não significa mimar os colaboradores ou ignorar as regras e responsabilidades. Trata-se de reconhecer a importância de cada indivíduo dentro da organização e criar um ambiente onde todos se sintam valorizados e motivados a contribuir com o seu melhor. Isso implica em manter a saúde mental dos colaboradores e promover um ambiente de trabalho agradável, onde a satisfação e a produtividade possam coexistir.
Os profissionais de DHO têm a responsabilidade de educar a liderança sobre os benefícios de uma gestão humanizada. Muitas vezes, os departamentos de RH são criticados por perderem a conexão humana, operando no piloto automático e focando apenas em cumprir ordens. É essencial que esses profissionais ajudem os líderes a entenderem que uma gestão que valoriza a humanidade pode trazer resultados significativos para a organização.
Um dos principais desafios na implementação de uma gestão humanizada é equilibrar liberdade e responsabilidade. A liberdade no ambiente de trabalho é um valor importante, mas deve sempre vir acompanhada de responsabilidade. Esse equilíbrio é fundamental para evitar a confusão entre uma gestão humanizada e uma gestão permissiva, que pode levar a problemas de disciplina e falta de respeito às políticas da empresa.
Para implementar uma gestão humanizada sem exageros, duas ferramentas simples podem ser extremamente eficazes: o alinhamento de expectativas e o acordo de convivência. O alinhamento de expectativas envolve uma comunicação clara sobre o que os líderes esperam de suas equipes e vice-versa. Já o acordo de convivência estabelece as normas de interação e convivência dentro da equipe, promovendo um ambiente de respeito e colaboração.
A transição de um modelo de comando e controle para uma gestão participativa e humanizada é essencial para o sucesso das organizações modernas. É um processo que requer paciência, educação e o apoio contínuo dos líderes que já estão adotando essas práticas. Ao criar um ambiente onde as pessoas se sintam parte de algo maior e saibam que seu trabalho tem significado, as organizações podem alcançar não apenas melhores resultados, mas também um ambiente de trabalho mais feliz e saudável.
A implementação dessas práticas pode ser desafiadora, mas os benefícios a longo prazo são inegáveis. Convido todos os profissionais e líderes a refletirem sobre suas práticas de gestão e a considerarem a adoção de uma abordagem mais humanizada, que valorize e respeite cada indivíduo como parte essencial do sucesso organizacional.
Veruska Galvão É especialista em Liderança, Segurança Psicológica e Cultura Organizacional. Empreendedora e psicóloga organizacional dentre tantas outras funções que a apoiam na condução de líderes e RH’s para a transformação do mundo do trabalho. Ama trabalhar com GENTE e seu negócio, definitivamente, são pessoas. Palestrante e escritora. É fundadora da Akademia de Transformação Organizacional, empresa de educação corporativa focada na formação de agentes de transformação do novo mundo do trabalho. E idealizadora do Movimento Maio Humanizado.