A parceria entre DHO e Liderança: Desvendando o Caminho para o “Sim”

A parceria entre DHO e Liderança: Desvendando o Caminho para o “Sim”

Veruska Galvão – 17 de outubro de 2024

No campo do Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO), a habilidade de conquistar o apoio da liderança é um dos principais fatores que distingue profissionais de sucesso. Este artigo aborda a complexa dinâmica entre DHO e liderança, analisando por que alguns especialistas conseguem essa parceria enquanto outros enfrentam resistência.

A resistência à mudança é uma característica intrínseca ao comportamento humano. Essa resistência pode ser observada em vários níveis organizacionais e, frequentemente, se manifesta como um obstáculo para iniciativas de desenvolvimento. Profissionais de DHO devem estar cientes de que, ao se depararem com essa resistência, o foco deve ser em como lidar com ela, em vez de simplesmente lamentar sua existência. Essa abordagem proativa é fundamental para promover uma cultura organizacional que valoriza a transformação.

Um aspecto crucial a ser considerado é a tendência à vitimização, que permeia muitos ambientes de trabalho. A vitimização pode levar a uma paralisia na ação, onde os profissionais de DHO colocam a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso de suas iniciativas nas mãos da liderança. Por outro lado, a autoresponsabilidade emerge como uma postura indispensável. Aqueles que assumem a responsabilidade pelos resultados são mais propensos a implementar estratégias eficazes e a estabelecer uma relação de confiança com a liderança.

A responsabilidade de amadurecer a liderança e fomentar um ambiente de diálogo claro e objetivo recai sobre os especialistas em DHO. É vital que esses profissionais conduzam conversas significativas, abordando diretamente os desafios e expectativas da liderança. Ao invés de se limitarem a agradar ou a evitar conversas difíceis, os especialistas devem ter um entendimento claro das metas da liderança e propor soluções que estejam alinhadas com essas expectativas.

A comunicação é uma ferramenta poderosa e, muitas vezes, negligenciada no processo de conquistar o “sim” da liderança. Profissionais de DHO precisam adaptar sua linguagem para se alinhar ao que realmente importa para os líderes: resultados tangíveis. Em vez de se concentrarem em terminologias técnicas ou conceitos abstratos, é fundamental que os especialistas apresentem seus programas de desenvolvimento de forma estruturada e conectada aos objetivos estratégicos da organização. Essa abordagem não apenas aumenta a receptividade, mas também estabelece a relevância do DHO na agenda da liderança.

Um elemento essencial que permeia todas as iniciativas de DHO é a cultura organizacional. Sem uma cultura forte e saudável, os esforços de desenvolvimento humano e organizacional se tornam ineficazes. Portanto, o DHO deve ser o responsável por conectar todas as áreas da organização a essa cultura, promovendo uma consciência compartilhada de que o desenvolvimento contínuo é uma prioridade. Essa conexão não apenas fortalece a cultura, mas também posiciona o DHO como um parceiro estratégico fundamental.

A habilidade de um profissional de DHO em obter o “sim” da liderança está intrinsecamente ligada à sua capacidade de comunicar-se de forma eficaz, assumir responsabilidade e cultivar uma cultura organizacional sólida. A transformação dentro de uma empresa requer uma abordagem proativa, onde especialistas em DHO se tornam facilitadores de diálogo e agentes de mudança. Assim, ao alavancar sua expertise e conectar-se às aspirações da liderança, eles podem desempenhar um papel crítico na promoção do desenvolvimento humano e organizacional.

Veruska Galvão É especialista em Liderança, Segurança Psicológica e Cultura Organizacional. Empreendedora e psicóloga organizacional dentre tantas outras funções que a apoiam na condução de líderes e RH’s para a transformação do mundo do trabalho. Ama trabalhar com GENTE e seu negócio, definitivamente, são pessoas. Palestrante e escritora. É fundadora da Akademia de Transformação Organizacional, empresa de educação corporativa focada na formação de agentes de transformação do novo mundo do trabalho. E idealizadora do Movimento Maio Humanizado.