Por que a Segurança Psicológica é o Coração de uma Cultura Organizacional Saudável

Por que a Segurança Psicológica é o Coração de uma Cultura Organizacional Saudável

Por Veruska Galvão – 14 de abril de 2025

Você já parou para pensar no impacto da segurança psicológica no ambiente de trabalho? Quando ela é baixa, os efeitos são devastadores: aumento significativo nos casos de estresse crônico e na rotatividade. Ou seja, as pessoas simplesmente vão embora. E quem pode culpá-las?

Se não há segurança para ser quem se é, para expressar ideias, dúvidas ou até cometer erros sem medo de punição, é natural que o profissional escolha sair. O trabalho ocupa uma parte imensa da nossa vida, e ninguém quer passar esse tempo em um ambiente adoecedor.

O que estamos observando hoje é um movimento cada vez mais claro: pessoas pedindo demissão não apenas por salários ou benefícios, mas por insatisfação com o ambiente e com a forma como o trabalho se estrutura. Estamos diante de um novo capítulo nas relações de trabalho, onde os profissionais estão se posicionando com mais clareza. Muitos estão inclusive empreendendo, buscando criar realidades mais coerentes com seus valores e necessidades.

Esse cenário, por um lado, é animador — mostra que estamos acordando. Por outro, é um sinal de alerta para as empresas. Porque, se nada for feito, o risco de colapso é real: falta de profissionais qualificados, aumento do adoecimento, perda de talentos.

É aí que entra o nosso papel enquanto profissionais e consultores de DHO. Precisamos apoiar as lideranças a enxergarem que construir um ambiente saudável não é apenas desejável — é urgente. E isso é possível. A segurança psicológica não surge do nada, mas é cultivada nas relações do dia a dia.

Muitos líderes têm medo de mudar. Não é simples desconstruir uma cultura baseada em comando e controle, enraizada há séculos. Mas estamos diante de uma oportunidade histórica de transformação. Um momento de transição para ambientes em que as pessoas tenham voz, espaço e confiança.

O primeiro passo para essa mudança é entender o nível de segurança psicológica atual na organização. Isso pode ser feito por meio de um mapeamento — idealmente por equipe, já que a segurança psicológica é um fenômeno relacional. Em empresas maiores, o melhor caminho é começar pelos times de liderança. A transformação de cultura começa de cima para baixo.

Mais do que medir, é essencial falar sobre o tema. Criar espaços de conversa frequentes — não apenas eventos pontuais. Cultura se constrói com frequência, com hábito, com consistência. Segurança psicológica precisa estar presente nas rodas de conversa, nos encontros de equipe, nas decisões do dia a dia.

Outro ponto central é a formação de lideranças. Precisamos desenvolver líderes que saibam escutar com empatia, oferecer feedbacks humanizados, estabelecer acordos de convivência, alinhar expectativas e criar espaços verdadeiramente seguros. Onde as pessoas possam confiar umas nas outras, ser quem são, sem máscaras nem receios.

O trabalho não precisa ser um espaço de tensão. Muito pelo contrário. Ele pode — e deve — ser um ambiente de desenvolvimento, de expressão autêntica e de relações saudáveis. Essa mudança é possível. E ela começa quando compreendemos que cultura não é o que está escrito nas paredes, mas o que se manifesta nas relações, nas atitudes, nas permissões e omissões do cotidiano.

A cultura organizacional é, no fim das contas, aquilo que a liderança permite, promove ou ignora.

Transformar a cultura é transformar a forma como nos relacionamos. E é essa transformação que cria ambientes nos quais as pessoas realmente queiram — e escolham — permanecer.

Veruska Galvão É especialista em Liderança, Segurança Psicológica e Cultura Organizacional. Empreendedora e psicóloga organizacional dentre tantas outras funções que a apoiam na condução de líderes e RH’s para a transformação do mundo do trabalho. Ama trabalhar com GENTE e seu negócio, definitivamente, são pessoas. Palestrante e escritora. É fundadora da Akademia de Transformação Organizacional, empresa de educação corporativa focada na formação de agentes de transformação do novo mundo do trabalho. E idealizadora do Movimento Maio Humanizado.

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