Os 4 Papéis do DHO Estratégico para Construir um Ambiente de Trabalho Humanizado

Os 4 Papéis do DHO Estratégico para Construir um Ambiente de Trabalho Humanizado

Por Veruska Galvão – 05 de maio de 2025

Humanizar o ambiente de trabalho não é sobre ser bonzinho. É sobre sustentabilidade. Sustentabilidade dos negócios, das relações e da própria sociedade. Quem atua com Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) precisa entender que este trabalho não é operacional — é profundamente estratégico. Afinal, é o DHO que molda a forma como as pessoas se relacionam no ambiente profissional e, consequentemente, constrói o futuro das organizações.

Ao longo da minha trajetória, apoiando empresas na construção de culturas organizacionais saudáveis, identifiquei quatro papéis fundamentais para que o DHO realmente contribua para ambientes de trabalho mais humanos, saudáveis e sustentáveis:

1. Desenvolver Lideranças Humanizadas

A liderança é o principal vetor de cultura dentro de uma organização. Por isso, o primeiro papel do DHO é desenvolver lideranças que saibam cuidar de pessoas. Isso não significa que o líder precise virar psicólogo — mas ele precisa ser alguém que escuta, que dá feedback, que conduz conversas com presença e atenção.

2. Criar Ambientes Psicologicamente Seguros

O segundo papel é fomentar ambientes onde as pessoas se sintam seguras para falar, perguntar, errar e sugerir. Um ambiente psicologicamente seguro é aquele em que existe confiança relacional. E a confiança não nasce do nada: ela é cultivada por meio de práticas, processos e rituais organizacionais conscientes.

3. Apoiar a Criação de Rituais que Promovam Vínculos

Rituais são práticas recorrentes que criam conexão, pertencimento e sentido coletivo. Um onboarding bem feito, um ritual de escuta ativa, momentos de celebração, feedbacks estruturados, chec-ins e chec-outs em reuniões: tudo isso são formas de gerar vínculo e fortalecer o tecido social dentro da empresa. O papel do DHO é apoiar a liderança e a organização como um todo na criação intencional desses rituais.

4. Sustentar uma cultura organizacional que valorize o acolhimento e as relações de qualidade

Mais do que criar ações pontuais, o papel do DHO é contribuir para a sustentação de uma cultura organizacional que valorize o acolhimento, o cuidado mútuo e a qualidade das relações no ambiente de trabalho. Isso exige visão sistêmica e compromisso contínuo. Não é sobre fazer uma ação em outubro ou uma campanha em janeiro. É sobre integrar esses valores no dia a dia da organização, promovendo ambientes emocionalmente seguros e saudáveis.

Ao longo dos meus mais de 20 anos atuando com DHO, tive a alegria de apoiar muitas empresas e líderes nessa jornada. E posso afirmar com segurança: as organizações que investem no coletivo, que humanizam suas relações e cuidam da saúde emocional de suas equipes, colhem resultados concretos — e sustentáveis.

Não se trata de tendência, modismo ou discurso bonitinho. Humanizar o trabalho é uma urgência. É um antídoto contra o adoecimento que temos testemunhado. É sobre garantir que o ambiente que deveria dignificar o ser humano não seja justamente o que o adoece.

E por onde começar?

Comece com ações simples. Uma delas é implementar rodas de conversa. Ensinar líderes a conduzir boas rodas de escuta, a se comunicar melhor, a praticar empatia. Esse é um treino poderoso de humanização. Mas atenção: não basta o RH conduzir. A liderança precisa ser protagonista desse processo.

E, acima de tudo, é preciso colocar em prática. Vejo muitos profissionais de DHO travados pelo excesso de teoria. A transformação não está no futuro — ela começa agora. Com ações concretas no presente.

O Movimento Maio Humanizado

Foi com esse propósito que criei o Movimento Maio Humanizado, um braço social da Akademia de Transformação Organizacional. É um movimento colaborativo, sem fins lucrativos, para apoiar gratuitamente profissionais e empresas que querem colocar a humanização em prática.

Ao longo do mês de maio, temos:

  • Painéis virtuais gratuitos no YouTube do Maio Humanizado, todas as terças, quartas e quintas, às 20h.
  • Práticas diárias de humanização no nosso Instagram @maiohumanizado.
  • E o nosso grande encontro presencial: o 2º Encontro Nacional pela Humanização do Trabalho, que acontece nos dias 29 e 30 de maio em Itu-SP.

Esse é o único evento pago do movimento (apenas para cobrir os custos), e será uma oportunidade ímpar de aprendizado, conexões profundas e práticas reais com especialistas que estão construindo o novo mundo do trabalho na prática.

Se essa causa também é sua, junte-se a nós. Acesse www.maiohumanizado.com.br e venha fazer parte desse movimento. Porque o trabalho precisa — e pode — ser um lugar de saúde, dignidade e realização.

Veruska Galvão É especialista em Liderança, Segurança Psicológica e Cultura Organizacional. Empreendedora e psicóloga organizacional dentre tantas outras funções que a apoiam na condução de líderes e RH’s para a transformação do mundo do trabalho. Ama trabalhar com GENTE e seu negócio, definitivamente, são pessoas. Palestrante e escritora. É fundadora da Akademia de Transformação Organizacional, empresa de educação corporativa focada na formação de agentes de transformação do novo mundo do trabalho. E idealizadora do Movimento Maio Humanizado.

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